Estudo da OMS mostra impacto da telemedicina em pessoas com demência

Em alguns casos, monitorização ajudou a reduzir quedas em casa

A telemedicina e a telessaúde podem transformar os cuidados de pessoas que vivem com demência e apoiar seus cuidadores. É o que aponta um estudo divulgado pela Organização Mundial da Saúde.
A pesquisa foi conduzida pela OMS Europa, em parceria com universidades internacionais. Os resultados indicam que o uso de ferramentas digitais pode reduzir sintomas de depressão e ansiedade, fortalecer a saúde mental e cognitiva e aliviar o estresse dos cuidadores.
Em alguns casos, tecnologias de monitorização remota ajudaram a diminuir em até 63% as quedas dentro de casa e a melhorar o controle de sintomas comportamentais.
A análise também demonstra que a tecnologia pode ajudar a preencher falhas que podem ocorrer nos cuidados tradicionais, geralmente feitos por meio de consultas presenciais.
Segundo a pesquisa, entre as dificuldades estão o acesso limitado a serviços, especialmente em regiões afastadas.
O relatório alerta, no entanto, para alguns desafios no uso das ferramentas digitais, como o cansaço e a frustração relatados por usuários idosos, que geralmente têm menos familiaridade com a tecnologia.
A demência, cuja forma mais comum é a doença de Alzheimer, responsável por até 70% dos casos, é hoje a sétima principal causa de morte no mundo e uma das principais causas de incapacidade entre idosos.
A análise incluiu quase 100 revisões científicas e 3 mil estudos.


