H.FOA realiza primeira cirurgia bariátrica bypass robótica na região

Douglas baltazar • 25 de setembro de 2024

Procedimento de alta complexidade foi realizado no mês de setembro


O H.FOA, hospital da Fundação Oswaldo Aranha, realizou no mês de setembro a primeira cirurgia bariátrica bypass robótica do Sul Fluminense. O procedimento, que consiste em uma ligação entre o estômago e o intestino feita através de intervenção cirúrgica, foi realizado pelo SUS com a utilização do robô Da Vinci, aquisição da FOA para o hospital, localizado no antigo Hinja.
A cirurgiã geral e diretora médica do H.FOA, Luciana Guimarães, afirmou que a cirurgia robótica traz vantagens tanto para a equipe médica quanto para o paciente operado. De acordo com a especialista, o robô possui uma pinça que pode se movimentar, fazer giros e movimentos mais complexos, além de trabalhar com cortes menores.
“Nossas mãos têm limitação de movimento, de tremor. As cirurgias robóticas e a laparoscópicas (por vídeo) são cirurgias minimamente invasivas, não precisam de grandes cortes para acessar os órgãos do paciente e não agridem tanto a parede abdominal. A dor é minimizada no pós-operatório, porque o robô causa menos danos à musculatura, além da função estética e melhor visão, porque temos uma visão ampliada dos procedimentos”, afirmou.
A plataforma Da Vinci foi operada pelo cirurgião José Laurindo Da Motta durante a realização da bariátrica bypass. O especialista em bariátrica videolaparoscópica esclarece que um médico deve passar por muitas especializações antes de operar um robô. A paciente foi encaminhada em razão da complexidade da cirurgia, que pode ser realizada com tranquilidade e eficiência.
“Alguns pacientes acham que é o robô que vai operar, mas não é nada disso. Continua sendo o mesmo cirurgião, mas com essa interface que minimiza algumas questões como um tremor, movimentos bruscos. Acaba sendo uma cirurgia muito mais segura”, esclareceu o cirurgião, que ainda falou sobre o caso da paciente. “A paciente já tinha feito uma cirurgia bariátrica anterior e também sofria com refluxo. Ela foi indicada pela complexidade do procedimento. Nesse caso, há a necessidade de mexer em todo o trato gastrointestinal, fazer uma ligação. É mais complexa do ponto de vista de execução”, contou.
Luciana Guimarães comentou também o processo de capacitação para realizar procedimentos robóticos. A diretora médica deixou claro que, antes de operar um robô, o cirurgião deve voltar a ser aluno para dominar a técnica. Os médicos recebem um código para ter acesso ao Da Vinci e são monitorados pelo fabricante durante cada procedimento. Luciana disse ainda que a plataforma Da Vinci é a mais usada hoje no mundo, mais difundida.
“Apesar de um custo de investimento muito alto, como cirurgiã eu posso te dizer que é o ideal para quem quer fazer qualquer procedimento por cirurgia robótica, porque ela é muito democrática: várias especialidades podem usar essa plataforma, ela é hoje considerada a que mais reduz a limitação humana”, finalizou.

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